Através do espelho vejo a mulher que se veste do meu corpo, que faz os mesmo gestos com as mãos, como se fosse eu. Às vezes sinto que a miserável acena para mim, me provoca e eu não posso fazer nada, porque mesmo não querendo, a mulher fraca, triste e feia que me encara, sou eu mesmo.
As portas do elevador se abrem no térreo e eu volto a minha pose contínua de que tudo está bem e se não estivesse, um dia ficará.
Vou em direção a área, chegando lá deixo o carrinho de materiais de limpeza, me troco no vestiário que fica entre a área de serviço e o banheiro para funcionários.
No vestiário tem uns cinco armários dispostos próximo aos boxes de banho, dois boxes, na verdade.
Vou ao armário que guardei as minhas coisas, tiro meu celular e a chave do armário de dentro do bolso de meu avental e abro o mesmo. Guardo meu celular dentro de minha bolsa, tiracolo e pego as minhas roupas.
Tomo banho rapidamente, me arrumo e logo estou no encalço de dona Cláudia. Ela disse que eu estaria li