— Senhora Vera, farei uma visita ao seu filho na terça-feira pela manhã. Ele ainda está no mesmo presídio? — Perguntei sem desviar os meus olhos da mulher a minha frente, ela também não desviou e ficou travando uma batalha de olhares comigo. Esforçando-me consideravelmente, foquei na resposta da senhora.
— Está, sim, senhor!
— Uma conversa apenas. — Volto a avisar.
Odeio criar expectativas falsas em alguém.
Primeiro pretendo estudar o caso, dependendo do que eu achar, se houver algum erro, não hesitarei em aceitar o caso. Se não houver erros na investigação, ainda quero saber a história do rapaz, poucos conseguem esconder a verdade em seus olhares.
— Eu entendo! — Ela diz com o tom moderado, mas ainda feliz.
— Boa noite! Senhora Vera, voltamos a conversar na terça-feira.
— Certo, Senhor Edward. Meu marido Carlos está agradecendo, ainda que o senhor não aceite, somos gratos por disponibilizar um pouco de seu tempo.
— Disponha! Na terça após a minha reunião com seu filh