— Sem mais perguntas, Meritíssima. — Falei, não aguentando mais olhar na cara do infeliz à minha frente.
— SENHOR EDWARD? — O policial gritou e eu olhei em sua direção me aproximando do mesmo. — Eu não sou racista! — Ele afirmou.
— Talvez não seja. — Rebati. — Mas as suas atitudes e palavras são! Como o senhor Carlos disse: é o racismo estrutural de cada dia. Mas isso não quer dizer que não podemos mudar. — Falei, sincero, antes de voltar ao meu assento.
— A testemunha está dispensada. — A juíza avisou com a cara de poucos amigos.
— Alguém será investigado. — Felipe murmurou ao meu lado.
— Que seja condenado. — Murmurei de volta.
— Defesa! — A Juíza exclamou. Olhei para a mesma. — Chame a sua primeira testemunha. — Me levantei assentindo para a mesma.
— A defesa chama a senhora Vera, mãe do réu. — Respondi firmemente, em resposta, a senhora Vera levantou-se, caminhou a cadeira das testemunhas, fez o juramento e sentou-se. Me aproximei da senhora Vera e lhe dei um meio sorriso.