Rita desceu da sala reservada depois do almoço, de mãos dadas com Tobias, Luiz e Sophia estava, almoçando, era um dos poucos momentos que Sophia parava e deixava as coisas nas mãos de Cintia e Estela, o combinado entre elas era que cada uma teria uma hora para almoçar e descansar, enquanto as outras duas cobriam a cozinha, em seu horário ela tirava para passar com Luiz.Sophia:-Rita, já almoçaram?Rita:-Sim-Ela colocou a mão casualmente no rosto, para que Sophia visse o anel, Sophia abriu a boca surpresaSophia:- Isso quer dizer quê?Rita:- Vamos nos casar-Tobias estava atrás de Rita com as mãos nos bolsos.Luiz:- Vai se casar com uma fera, meu amigo, não sei se parabenizo ou se sinto pena- Rita se virou para ele com um olhar matador-Está bem, parabenizo.Sophia riu, Luiz apertou a mão de Tobias e deu um beijo no rosto de Rita.Sophia:- Vou sentir sua faltaRita:- Por quê? Vou continuar trabalhando-Tobias suspirou.Tobias:-Ela me fez dar muitas concessões-Foia a vez de Luiz rirLuiz:-
Luiz estava cansado, mas precisava resolver esse problema com Murilo, antes de conversar com Amira.Deixou Sophia em casa, pediu que esperasse por ele, foi para casa de Murilo, quando chegou a porta estava apenas encostada, Luiz a empurrou, Murilo estava sentado na cama, uma garrafa de bebida na mão, nem mesmo esboçou alguma reação com a entrada dele.Luiz:- O que esta fazendo?Murilo:- Só preciso esquecer, pelo menos essa noiteLuiz:- É bom que não se esqueça, e pense bem o que vai dizer a Amira amanhã-Murilo levantou os olhos vermelhos.Murilo:- Como vou encarar as duas?Luiz:- Com a melhor cara possível, você precisa limpar sua bagunça, e vai começar sendo homem e reconhecendo seu erro para mãe da mulher que você ama, isso é importante para Sula.Murilo:- Elas sabem que eu vou?Luiz:- Não, mas você vai, se Amira te bater, vai aguentar calado, se ela te xingar, vai abaixar a cabeça e calar a boca, me entendeu?Murilo:- EntendiLuiz:- E se elas te perdoarem, pense no que fazer para r
Quando Sula chegou ao trabalho na segunda-feira, sua mesa estava cheia de flores, vasos e buques, ela se assustou de início, mas já imaginava quem havia enviado, as flores não tinham cartão, a cada hora chegavam mais, e Sula começou a presentear os colegas de trabalho, colocou flores na copa, e até as deu aos colegas de outras sessões.Amira:- O que é isso?-Passou pela mesa da filha na hora do almoçoSula:- Não tem cartão, mas tenho quase certeza que são do Murilo, vou começar a jogar foraAmira:- Claro que não, são lindas, vamos levar algumas para enfeitar a casa e as outras damos para as mulheres do prédio-Sula suspirou, saiu para almoçar com Amira e Mayara, quando voltou sua mesa estava cheia novamente, os vasos estavam até pelo chão.Mayara:- Não se esqueça que vamos jantar juntos hoje, Vitor pediu para te lembrar.Sula:- Não me esqueci, mas preciso passar em casa e levar todos esses vasos.Mayara:- Foi o psicopata quem mandou-Sula riu, era assim que Mayara chamava MuriloSula:- F
LUIZVocê acredita em amor à primeira vista?Foi assim para mim, a primeira vez que a vi, algo dentro de mim se acendeu, a fragilidade e inocência de Sophia, me ganhou por completo, talvez por sermos opostos? Não sei dizer, mas é algo que não consigo lutar contra, mesmo sabendo que posso não sair vitorioso no final, ela passou parte da vida em um convento e tem uma história muito diferente da minha.A sensação de pertencimento, como se ela pudesse tocar minha alma, e não se contaminar com toda a escuridão que existe lá.Todas as minhas inibições, inocência e doçura foram arrancados de mim ainda muito novo, me tornando uma casca vazia, ou uma casca recheada de maldade.Meu nome é Luiz e sou completamente apaixonado por Sophia, a pequena inocente que roubou meu coração.Ela foi resgatada de um sequestro, o homem a quem o pai dela praticamente a vendeu, e se não tivéssemos chegado a tempo, ele teria violado e usurpado a inocência de Sophia, mas mesmo assim esse ato deixou estragos.Ela p
Luiz:-Se quiser, posso te levar para conhecer a propriedade.Sophia:-É uma fazenda?Luiz:- Poderia ser pelo tamanho, mas não tenho animais aqui, somente algumas plantações pequenas, gosta de animais?Sophia:- Sim, no convento tinha galinhas, e vacas no terreno ao lado, eu tinha pouco contato com eles, mas gostava.Luiz:-Se quiser posso providenciar isso-Ela sorriu- Quero que se sinta em casaSophia:- Não quero atrapalhar sua rotina, não precisa se preocupar.Luiz:-Não será incomodo nenhum.-Terminaram o jantar em silêncio.A noite estava quente, Luiz caminhou com Sophia pelos arredores, parte do terreno em volta da casa era bem iluminado, percebeu a necessidade de algumas melhorias, para que ela se sentisse segura.Luiz:-Tem medo do escuro?Sophia:-Um pouco, não tenho boas lembranças-Ele sentiu uma pontada no coração, mas não perguntouLuiz:- Já pedi para que Pedro faça algumas obrar, logo tudo estará iluminado- Ele não havia falado com Pedro ainda, mas seria a primeira coisa que faria
Luiz passou a maioria das suas atividades para o escritório que tinha em casa, queria estar em casa com Sophia.Depois do café, assinou alguns documentos e chamou Sophia para caminhar lá fora, não queria ela presa em casa e com medo, queria que ela se sentisse bem e segura ali.Luiz:- Quero te mostrar um lugar que você pode nadar, tem uma queda d'água e não é distante da casa-Ela o seguiu.A fazenda era grande e cheia de possibilidades, mas pouco aproveitada, Sophia olhava em volta, agora a luz do dia podia ter uma percepção melhor do local.Sophia:- Esse lugar é enorme, poderia ter uma plantação ali-Apontou com o dedo o local- ali poderia ter um estábulo e mais à frente uma criação de vacas- Ela continuou falando, Luiz ouvia com atenção, depois de um tempo ela se deu conta do que estava fazendo, estavam parados há alguns minutos.Sophia:- Me desculpe, deixei a imaginação voar.Luiz:- Gostei de ouvir suas ideias, vou pensar em todas elas- Ele queria agradar Sophia, sabia que para faze
Luiz chegou a boate, ainda não era hora de expediente, então tudo estava tranquilo, queria resolver logo os problemas para voltar para Sophia.As mulheres da boate o cobiçavam, já havia dormido com algumas delas, Luiz ao contrário dos irmãos desenvolveu DSH (Desejo Sexual Hiperativo) devido aos abusos que passou na infância, agora estava em tratamento, se sentia muito mais controlado.Luiz passou por elas sem nem mesmo olhar para os lados, só uma mulher interessava agora e era Sophia, em sua sala encontrou mãe e filha, as duas choravam abraçadas.Luiz sentou em sua cadeira, pediu que trouxessem água, para que as mulheres se acalmassem.Elas se acalmaram um pouco, mas olhavam para ele assustadas, a menina parecia ser menor de idade, mas estava com uma maquiagem pesada e roupas curtas, Luiz jogou seu paleto para ela, que o vestiu sem fazer perguntas, se sentia exposta.Luiz:- Quantos anos tem sua filha senhora?Amira:- Tem dezessete anos-Luiz passou a mão pelo rosto visivelmente nervoso
Luiz se olhou quando saiu da sala, havia sangue em suas roupas, tomou banho no escritório e vestiu a muda de roupas limpas que sempre deixava lá para uma eventualidade.Dirigiu para casa sorridente, se sentia em paz, um canalha a menos no mundo, olhou o relógio, já estava a três horas fora de casa, acelerou o automóvel, queria chegar logo.Luiz deixou o carro na garagem externa, era reservada a visitantes, por não ficar muito perto da casa, quando se aproximou viu um dos soldados em sua porta, caminhou com passos pesados, já bastante irritado, suas ordens ha iam sido claras que ninguém entrava na casa.Luiz:- O que esta fazendo na minha porta?O homem se virou com os olhos arregalados.Marcel:- Senhor, eu estava apenas verificando se a senhorita estava bem.Luiz:- Ela chamou você? Ou você ouviu algo que justificasse sua preocupação?Marcel:- Não senhor, mas eu penseiLuiz:- Ninguém te pediu para pensar, só mandei ficar longe da casa-A porta se abriu, Sophia Olhou pela porta entre aber