A minha mãe se aproximou de mim, o olhar dela estava pesado, carregado de mágoa, e os olhos vermelhos denunciavam que ela havia chorado antes mesmo de chegarmos ali. Eu podia ver cada vestígio de dor, cada gesto contido, cada respiração trêmula que denunciava a indignação dela.
— Zoe. Vá para o seu quarto, deixa que eu resolvo isso.
Disse ela, tentando manter a voz firme, mas falhando.
— Não.
Respondi de imediato, sentindo o sangue ferver nas veias.
— Eu não vou para lugar nenhum. Eu quero saber de tudo, nos mínimos detalhes. Essa conversa vai acontecer comigo presente.
Meu pai, deu um passo à frente, a postura tensa, os ombros rígidos, e parecia completamente constrangido.
— Vocês estão loucas?
Disse ele, a voz tremendo levemente, mas tentando soar firme.
— Se contenham. Que cena é essa na frente dos funcionários?
Ele estava envergonhado, afinal, a imagem de homem perfeito, impecável, o homem que sempre parecia dono do mundo, estava se desmoronando ali, aos poucos, e eu sentia ca