(SEIS MESES DEPOIS)...
Seis meses se passaram desde que pisei pela primeira vez em solo francês. A cidade que antes parecia estranha e intimidadora agora já me era familiar. Consegui um emprego em uma das melhores universidades particulares da França, reconhecida por sua excelência acadêmica e pelo prestígio de seus professores. Minha função ali era perfeita para mim: professor de Humanidades e Artes Interdisciplinares.
Eu lecionava filosofia, literatura, história da arte e fundamentos da estética, integrando múltiplas disciplinas para formar uma visão crítica e completa nos alunos.
O semestre começava, e com ele, uma sala cheia de rostos novos, ansiosos, curiosos e, em alguns casos, já desafiadores. Eu respirava fundo, sentindo aquele frio na barriga típico de quem assume uma sala de aula pela primeira vez em um novo ciclo. Mas, por trás da calma que tentava manter, havia um peso silencioso no peito.
Nos últimos seis meses, a saudade da Zoe se tornou uma presença constante. Às vezes