39. Onde Charles estar?
O som das portas se fechando ressoou pelo salão como um golpe de martelo.
Um estalo seco. Definitivo.
Os olhares se voltaram para os imensos portões duplos agora selados. Nenhuma entrada. Nenhuma saída.
A festa de gala, antes repleta de risadas e brindes, mergulhou em um silêncio pesado, sufocante. O brilho das joias, dos vestidos luxuosos e dos ternos impecáveis nada significava diante do que estava por vir.
Então, passos firmes ecoaram pelo ambiente.
Um homem de terno escuro atravessou a multidão, seu olhar afiado fixo em um único alvo. Henrique.
— Henrique Belmont — a voz de um agente soou alta e clara, rompendo a tensão no ar —, você está preso.
O tempo pareceu desacelerar.
O ar do salão, antes perfumado por champanhe e arrogância, agora exalava medo.
Henrique mal teve tempo de reagir. Sentiu o aperto firme no braço quando foi imobilizado, mas sua mente ainda lutava para processar o que estava acontecendo.
— Você está sendo indiciado por tentativa de homicídio, corrupção