A certeza e a altivez de Na-Ri são impressionantes. Observo a tripulante ao seu lado. Ela trabalha como vendedora na joalheria. É evidente que está aqui contra a vontade. É uma jovem que entrou para o navio este ano e tem pouca experiência. Sua postura é a de um passarinho se encolhendo escondido da chuva com medo dos grossos pingos baterem em suas asas. Está oficialmente encerrada a minha amizade com a Na-Ri, mas tenho que me manter aparentemente tranquilo para não ter problemas legais, no entanto, a minha vontade é de partir para a violência.
— Isso é algo que deve ser visto com a segurança do navio. Ademais, a senhorita Márcia não está presente e é necessário encontrá-la antes de se tomar qualquer atitude.
Digo e bato a porta atrás de mim. Não vou dar a ela a possibilidade de entrar no quarto da Márcia, se é que ela já não fez isso. Ela se interpõe entre mim e o corredor para o qual eu tento me dirigir. A minha paciência está por um fio.
— O que é agora, Na-Ri?
Ela me encara desafi