Ele pareceu bastante preocupado e o Paulo já ia começar a falar quando eu o interrompi.
— Desculpa ser tão direto nesse assunto seu Fernando, mas porquê você nunca procurou a Kyra durante todos esses anos?
Fernando: Pra protegê-la, eu não podia ser o pai que ela precisava que eu fosse.
— Eu não estou entendendo, e agradeceria se você pudesse nos explicar.
Eu sempre fui criado com mão de ferro pelos meus pais, por eu ser filho único, acabei recebendo mais responsabilidades do que eu gostaria.
Teve um momento que eu cansei dessa cobrança desenfreada deles, e decidi trilhar o meu próprio caminho.
Estudei e fiz uma prova pra conseguir uma bolsa de estudos, e consegui uma em Minas Gerais.
Fui pra minas apenas com a bolsa de mão, e um pouco de dinheiro.
Assim que cheguei, aluguei um quartinho e consegui um emprego em uma padaria, e todo dia, cedinho da manhã uma moça ia lá comprar pão, e eu me apaixonei por ela.
— Essa moça era a mãe da Kyra?
Fernando: Sim.
Um dia, tomei coragem e a chamei