Cap. 145

Cap. 145

— Aguenta, Luma... por favor... — a voz dela saiu trêmula, quase um soluço.

Estendeu a mão, tocando o ferro frio.

No instante em que seus dedos encostaram o metal, o mundo pareceu tremer.

As runas pulsaram, tentando reagir à energia que emanava dela — mas não resistiram.

O ferro chiou, como se estivesse sendo corroído de dentro pra fora.

As marcas sagradas se quebraram uma a uma, derretendo sob a luz que fluía da palma de Maya.

Ela recuou, ofegante, olhando para as próprias mãos.

Elas tremiam, mas não por medo.

Por ausência.

Não sentia mais o rugido interno do seu lobo.

O eco selvagem, a fúria primal… tudo desaparecera.

Maya levou a mão ao peito, tentando sentir a pulsação que antes vibrava em sintonia com o espírito lupino.

Nada.

Apenas um silêncio profundo.

— Onde você está…? — murmurou para si mesma.

Mas não houve resposta.

Então ela entendeu.

A adaga — o artefato criado para separar o divino do terreno — havia também rompido seu elo mental. Tanto tempo sem sua loba e agor
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