Cap.143
Cael levantou o olhar para o guerreiro lupino, e um lampejo de pesar atravessou seu rosto.
— Eu não posso — respondeu, suavemente. — Os celestiais não devem intervir nas guerras terranas. Se o fizer... — ele ergueu uma das mãos, e uma marca dourada começou a brilhar em seu próprio peito — ...o equilíbrio será rompido. E o Deus do Destino virá por mim. Serei reduzido a nada, dependendo de energias humanas para sobreviver.
As palavras caíram como pedras.
Filtigal olhou para o corpo de Gabriel, sangrando e imóvel, e uivou em frustração.
Nesse momento, uma nova figura desceu do céu, envolta em asas menores e azuladas. Era Bia, com os cabelos dourados soltos e os olhos faiscando de tensão. Ela pousou ao lado de Cael, ofegante, o corpo coberto de fuligem.
— Atrasei os feiticeiros — disse ela, limpando o sangue do lábio. — Mas eles estão vindo. Não vou enfrentá-los sozinha... não se você não lutar, Cael. Ninfas não têm o mesmo poder de um celestial, não posso vencer aqueles homens.
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