Cap.141
— Enquanto isso, nas profundezas do Gideon, Lana estava ajoelhada no chão frio. A cela era iluminada apenas por uma chama fraca, trêmula, que parecia lutar contra o escuro.
Ela estava descalça, com o corpo frágil após o parto, a camisola grudada na pele pelo suor. O bebê dormia envolto em um pano fino, encostado em seu colo. O lugar era úmido e frio a ponto de congelar os ossos; alguém em uma situação tão delicada não suportaria aquela temperatura amena, e muito menos sua criança — ela sabia, porque naquele momento o bebê estava ficando pálido por causa do frio e da energia pesada reunida naquele lugar.
Lana juntou as mãos trêmulas e fechou os olhos. As lágrimas desciam silenciosas, caindo sobre a pedra. Ela não sabia onde os trigêmeos irmãos de Kan estavam, mas sabia que também tinham sido levados a algum lugar dentro do Gideon — e que aquele lugar era um labirinto: quanto mais fundo se ia, pior era.
— Nova... — sussurrou, a voz quebrada. — Você prometeu que seríamos uma só..