Cap. 100
Cap. 100
Maya estava com a pilha de pastas nas mãos quando a porta se abriu.
Lana entrou, com o ventre pesado, anunciando suas últimas semanas de gestação.
O olhar de Maya congelou.
Dei um passo para trás, instintivamente, o coração batendo forte. Pensei, por um breve momento, que Lana não se lembraria de mim.
— Quem diria… — disse Lana, com um sorriso enviesado. — Você voltou.
Permaneci imóvel, tentando entender o que estava acontecendo.
Lana riu baixo, com escárnio.
— Mas ele nem mesmo se lembra de você, não é? Por que decidiu voltar?
— Eu… não sei do que você está falando — respondi, sentindo minha voz hesitar.
— Ah, claro que sabe. — Lana se aproximou, dando voltas em torno de mim como uma predadora. — E como está sendo… se aproximar de um homem casado?
Não respondi. Recuo mais um passo, abraçando a pilha de pastas contra o peito, como se isso pudesse me proteger.
Lana parecia se divertir com o peso da tensão.
— Não vai dizer nada? — inclinou a cabeça, a voz impregnada de falsa cu