55. Flores do Mal.
Hoop
Desde que entramos naquela casa afastada, algo em mim se contorcia. À primeira vista, parecia um abrigo, um refúgio acolhedor com móveis antigos e livros espalhados por estantes que pareciam nunca ter sido tocadas. As paredes, com tinta desbotada, guardavam um silêncio espesso, como se cada centímetro daquele lugar estivesse preso no tempo. Mas era mais que isso. Não sei dizer ao certo… Só que parecia errado.
Era como respirar um ar envenenado e não perceber até ser tarde demais.
Marluce havia dito que sua irmã nos ajudaria, eu sou grata a ela e à sua irmã, por toda ajuda que deram e estão dando, mas desde que lembrei das palavras da minha mãe sobre flores, sinto que tem algo errado com Morgana, como se ela escondesse algo.
Eu não consigo descansar. Connor estava adormecido, após horas cortando lenha para a lareira. Nem aconchegada aos braços dele, eu conseguia descansar, relaxar… nem por um mísero segundo.
Minha mente fica repassando a lembrança, como se quisesse me dizer algo.