Lorenzo,
A luz fraca do amanhecer começava a invadir as janelas do meu quarto quando me levantei. Havia uma sensação amarga no fundo da minha garganta, como se o gosto da vingança estivesse misturado com o arrependimento. Mas isso não importava agora. Hoje, Nico pagaria por tudo.
Desci as escadas da mansão em silêncio. Meus homens já estavam preparados. Sabiam o que fazer, sabiam que eu não ficaria em paz até que Nico Benedetti estivesse morto.
O carro me esperava na entrada, e o motorista abriu a porta assim que me aproximei. O sol já começava a despontar no horizonte, mas nada daquilo me trazia alívio. Eu estava indo para o galpão, onde Nico estava acorrentado desde a noite anterior. Meus homens haviam capturado ele sem muito esforço. O velho já não era o que costumava ser, estava fragilizado, e ainda assim, causou tanta destruição. Agora, amarrado e indefeso, ele enfrentaria o que merecia.
O carro deslizou pelas ruas vazias até o galpão abandonado, um lugar que eu já conhecia bem.