A noite já havia caído há algum tempo; o dia foi extremamente cansativo para todos, principalmente devido às reclamações incessantes de Lianca.
— Vamos precisar fazer uma fogueira. — disse eu. Não era realmente necessário, pois nossa visão bastava, exceto para Lídia. Além disso, os insetos começavam a nos incomodar mais frequentemente, talvez mais perturbados por nossa presença em seu território do que o contrário.
— Tem uns galhos secos aqui. — comentou Felipe, jogando-os no chão.
— Ótimo. Só falta o fogo agora.
— Ah, isso é fácil.
— Você trouxe um isqueiro? — Cruzei os braços, vendo um sorriso travesso se formar em seus lábios.
— Pra quê?
— Como assim, Felipe? Como acha que vamos acender esse fogo?
— Trouxemos a fábrica, minha filha.
O encarei sem entender.
— Espere aí.
Vi ele encher os pulmões de ar para logo em seguida gritar:
— Liancaaaa, cospe aqui por gentileza.
— Você não tem jeito, garoto. — tentei reprimir a risada, mas não foi possível, pois todos os outros começaram a sorri