DAVINA
Vincent entrou sem pressa, mas sua presença preencheu cada canto da sala. O silêncio entre nós foi denso, como fumaça espessa. Meus olhos subiram por sua silhueta escura e bem definida, e então se fixaram no rosto. Ele estava impecavelmente vestido, como sempre, com um terno escuro e uma camisa branca perfeitamente ajustada. Seus cabelos, impecavelmente arrumados, e seus olhos penetrantes e frios me encaravam como se eu fosse um animal exótico.
Meu estômago revirou. Eu o conhecia, mas não de verdade. Não éramos próximos. Mas nossas histórias se cruzaram suficiente para eu lembrar.
Príncipe sombrio. Era assim que eu o chamava na minha mente. Porque Vincent Mancini tinha o porte de alguém que governava na escuridão. A elegância, o perigo e a frieza de alguém que não pertencia ao mundo c