DAVINA
—Você não deveria está aqui! — Gutemberg falou, o maxilar trancado e a voz mortal, o tipo de tom que faz a nuca arrepiar.
Eu pisquei, completamente desnorteada. Não o via fazia um mês, e agora ele estava ali, na porta de Meia-noite, parecendo mais carrancudo e ameaçador do que nunca.
— Eu… — as palavras simplesmente desapareceram da minha boca. — Eu só… trouxe um bolo.
Ótimo, Davina. Isso definitivamente vai deixar as coisas menos estranhas.
Gutemberg arqueou uma sobrancelha, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, Meia-noite apareceu atrás dele, como se o tivesse chamado com o pensamento.
— Você trouxe. — ele disse, empurrando Gutemberg para o lado de forma displicente. Seus olhos semicerrados passaram por mim, do bolo nas minhas mãos até o meu rosto. Era quase como se ele estivesse com preguiça de lidar comigo, mas ainda assim curioso o suficiente para não me dispensar.
— Tem morango nisso aí? — Meia-noite perguntou, apontando com o queixo para o bolo.
Eu balancei a ca