DAVINA
O silêncio do quarto já não me incomodava tanto quanto deveria. Era meu terceiro dia aqui, e eu já havia passado da fase de me perguntar como seria morrer de fome. Jimmy se certificava de que isso não acontecesse, trazendo refeições todos os dias, e no final, eu cedi. Comi porque precisava, porque me recusar a aceitar aquela comida não me tornaria mais forte, só me faria definhar sem propósito.
A questão era que eu não podia simplesmente esperar. Meus homens estavam fazendo de tudo para me tirar dali, eu sabia disso, mas não podia ser só um peso morto esperando por um resgate. E então, o destino, ou seja, lá o que fosse, decidiu me dar uma chance de agir.
A porta se abriu e, em vez do rosto envelhecido de Jimmy, foi ela quem apareceu.
Pryia.
Minha irmã traidora.
Ela carregava uma bandeja com café da manhã, como se isso fosse normal, como se fosse natural me manter presa e trazer comida como um agrado. Eu deveria ter imaginado, deveria ter previsto, mas uma parte de mim ainda qu