Guilherme aproximou-se e pôs o braço sobre os ombros delicados dela, me encarando.
- Há um presente para você debaixo do pinheiro. – Falei.
- Não me interesso por nada que venha de você.
Aquilo me feriu profundamente. Mas estava calejado. Respirei fundo e segui:
- Não quer nem saber o que é?
- Não.
- E se for o dinheiro que quer tirar de mim, todo numa caixa?
- Não quero numa caixa. Quero todo o processo judicial junto.
- Não me importo... Não é minha intenção fazer o processo se prolongar. Darei o que for determinado pelo juiz.
Ele me olhou, silenciosamente, talvez não esperando por aquilo. Eu mal começava a ganhar dinheiro com minha música e Kelly já queria tudo que achava que fosse de direito do filho. E sim, ele tinha a parte dele. Por que eu diria não? Já sofri coisas muito piores do que perder grana.
Para mim, que nunca tive nada, qualquer pouco era muito. Não me importava com a pouca quantia que me sobraria.
- Qual é o presente? – Sabrina perguntou, indo ao pinheiro.
Entreguei