- Venha! – Ele me pegou pelo braço, sem muita gentileza, encaminhando-me para o carro, onde estavam minha mãe e Mariane esperando.
O ar condicionado estava ligado e cheguei a arrepiar quando entrei na temperatura gelada, que contrastava com o calor da rua.
- Para casa. – Meu pai falou ao motorista.
Seguimos para casa, em silêncio. J.R sequer olhou na minha direção. Mariane ficou compenetrada no celular e minha mãe vez ou outra me olhava, com o rosto baixo.
Assim que chegamos em casa e descemos, meu pai retirou um lenço de pano do bolso e disse autoritariamente:
- Limpe seu rosto.
Limpei o rosto e estava subindo as escadas quando ele falou, em tom de voz alto:
- Onde você vai?
- Eu... Vou tomar um banho e sair.
- Sair? Onde?
- Eu... Vou contar a “ele”. Preciso dizer que vai ser pai.
Mariane sentou no sofá da sala principal,