Assim que cheguei na porta da igreja, as madrinhas foram entrando na ordem do ensaio, uma a uma. Mariane era a última da fila. Quando chegou a vez dela, minha irmã me encarou, incerta sobre o que fazer.
- Entre, minha irmã! – Falei, tentando dar um sorriso.
A parte boa de chorar de tristeza e raiva durante uma cerimônia de casamento é que todos achavam que as lágrimas eram de emoção e felicidade.
Mariane tomou seu lugar e entrou por último, seguindo pelo corredor com um belo tapete vermelho, que aguardava meus pés envoltos num lindo sapato rosa pink.
Meu pai deu-me seu braço, no qual segurei com minha mãe direita, aflita. O buquê tremulava na minha outra mão.
O antes emocionante e agora irônico som da orquestra municipal tocando e cantando “Ave Maria” iniciou assim que eu e J.R passamos pela porta principal.
A igreja catedral estava decorada lindamente, se é que precisava de flores para enfeitar um local que já era belo