Baby Ortiz
Cobri minha boca com a mão dolorida. Podia apostar que se olhasse as minhas palmas agora, ela estaria vermelha. Tanto quanto a cor do Dominic havia mudado para algo irritado. A forma animalesca com a qual ele respirava disse tudo o que eu precisava saber. Ele me olhava como se eu fosse um ser prestes a ser esmagado, o que me fez realmente sentir que eu era um inseto ali.
Estiquei uma mão para tocar-lhe o rosto. Não porque tinha medo da retaliação daquele homem, e sim porque temi que ele se afastasse de mim naquele momento. – Desculpe... Eu... Eu não deveria ter feito isso.
— Não, você não deveria... – Ele disse entre dentes. Eu sabia que ele estava se contendo para não me magoar, o que não funcionou muito bem. Os olhos dele percorreram para as pessoas na festa, e depois voltaram a encontrar os meus. Havia algo irreconhecível queimando em suas pupilas.
Eu nem ao menos havia notado que a música parou de tocar, ou que alguns olhos estavam sobre nós dois, parados no meio do sa