Vitória,
Ficamos aqui na praia vendo o mar e conversando aleatoriamente, enquanto as horas passam. Confesso que estou muito ansiosa para essa surpresa dele, que eu não faço a mínima ideia que seja. Até que ele começa a contar no meu ouvido.
— 10, 9, 8, 7... 2, 1... — E no meio do mar, começam a soltar vários fogos de artifícios. Uma cela tão linda, que eu não consigo nem piscar. — Feliz aniversário, meu amor.
Olho para ele e dou um sorriso fraco, eu não gosto de comemorar o meu aniversário, eu nem se quer me lembro que ele existe. Pois foi bem no dia do meu aniversário que eu pedi a minha mãe.
— Não gostou?
— É lindo, obrigada, Enrico.
— Mas você não gostou.
— Não, eu gostei sim, isso é incrível. Só que, eu não tenho o que comemorar nesse dia. Ah 8 anos eu não comemoro. Pois foi o dia que a minha mãe morreu. Mas gostei dos fogos.
— Do mesmo jeito que eu desfiz do meu passado e da minha culpa, acho que você deveria fazer o mesmo.
— Eu sei, mas eu não consigo. No nosso casamento eu até