ISABELLE WAVERLY-WALKER
Foi no meio da madrugada que eu acordei com o estômago
revirando. Não era a primeira vez, provavelmente nem seria a
última. Era o meu bebê.
Ainda era estranho pensar nisso, porque não havia nenhum
sinal dele. Nem um resquício de barriga, nenhum chute, nada além
daqueles enjoos e as vertigens. Eu sentia também um pouco mais
de sono, mas não tanto ao ponto de culpar os hormônios.
Eu não tinha sequer um exame de sangue para comprovar.
Só aquele bastãozinho que ainda estava guardado dentro da minha
bolsa, em um saquinho de plástico.
Depois da noite que eu e Richard passamos, eu comecei a
nutrir esperanças diferentes a respeito de como poderia ser a nossa
relação. Ele dissera que queria fazer sexo com raiva, mas em todo o
momento foi cuidadoso comigo, apesar de intenso, e eu sabia que
ainda havia sentimento.
Foi pensando nisso que me levantei, agarrando o robe de
seda de Richard, que estava pendurado em um cabideiro de
madeira, no meio do caminho. A noite estava fri