2 meses depois
Não era o conto de fadas, nem a história de Uma Linda
Mulher que a mídia descrevia. Não fora amor à primeira vista como
contávamos em várias entrevistas. Só que as mentiras a respeito do
nosso relacionamento, que nós mesmos construímos, foram se
tornando um pouco menos... mentirosas, por assim dizer.
Quando eu e Richard entrelaçávamos as mãos ao
caminharmos em meio aos flashes de paparazzi ávidos por um
pedaço de nós, o contato era genuíno, e eu podia sentir o polegar
dele acariciando a minha pele.
Quando sorríamos, eu me sentia um pouco cúmplice dele,
porque estávamos associando algo da conversa daquele momento
a alguma coisa que acontecera conosco.
Quando terminávamos dias atribulados, tanto para ele quanto
para mim, tínhamos o conforto dos braços um do outro. E por mais
que qualquer um pudesse alegar que ele era frio, que tinha um jeito
comedido demais, à noite o homem se transformava e virava um
demônio, que me fazia implorar por mais e mais, até que
estivéssemos os