Saltei do carro e agradeci ao meu motorista, como sempre.
Era meio da madrugada, e eu sabia que ele estava cansado.
Poderia ter pegado um táxi, sem problemas, mas era uma exigência
da equipe de segurança que eu desse sempre preferência por estar
em veículos blindados, com alguém de confiança no volante.
Esse era o preço de ser quem eu era. Quando me tornasse
presidente, as coisas seriam piores.
Ainda assim, eu poderia ter seguido normalmente o protocolo
e retornado para Nova Iorque só na manhã seguinte, mas estava
indo para o hotel, passar a noite, quando senti uma necessidade
enorme de estar com minha esposa.
Chegava a ser irônico isso. O casamento era para ser apenas
por contrato, mas eu estava totalmente rendido por ela.
Entrei na casa e subi as escadas já tirando o paletó. A
gravata fora arrancada no meio do voo, mas eu não poderia
aparecer totalmente desalinhado em público, nem mesmo no meio
de uma madrugada.
Entrei no meu quarto, esperando que Isabelle pudesse estar
dormindo na