Eliz
Acordei no meu quarto, ainda suja e enrolada no lençol que Adam havia me coberto. Minha intimidade doía e estava suja. Levantei com esforço e fui direto ao banheiro; tentei esfregar a pele o máximo que pude, mas o cheiro dele já se entranhara em mim.
Saí à procura de Adam e o encontrei na enfermaria, ao lado do meu pai. Minha mãe e a curandeira corriam pegando medicamentos. Senti quando Kane chegou perto e me sobressaltei.
— Sou eu, Eliz — ele disse, dando um passo atrás; os olhos tentavam transmitir tranquilidade.
— Quem ousou? — perguntei. — Tenho certeza de que, se entraram, alguém de dentro da minha matilha ajudou.
— Dois machos, insatisfeitos porque suas fêmeas os rejeitaram e agora trabalham como guerreiras na estufa, foram para a masmorra — respondeu Kane. — Estão à disposição do seu pai e de Adam.
— Coloquem um palanque no centro da matilha e amarrem-nos lá — interrompiu Kane friamente. — A sentença deles será dada por mim, agora mesmo.
Kane assentiu e saiu para cumprir a