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capítulo 03 Tentações a vista

Eliz

Minha loba é branca, como um husky siberiano. Uma contradição viva aos meus cabelos vermelho-fogo. Seguro a mochila na boca e corro até a matilha Lycan.

Pela manhã, cheguei cansada, esfomeada e coberta de poeira da estrada. Um sentinela barrou minha entrada logo no início do território. Tive que voltar à forma humana, tapando minha nudez com a mochila, morrendo de vergonha. Expliquei várias vezes quem eu era, que minha mãe me enviou até dona Lêda. Ele confirmou pelo elo mental e, por fim, liberou minha entrada.

A matilha dos Lycans será meu seguro. Nem meu pai, muito menos o Supremo, têm voz aqui. Esse território é imenso, mais organizado e poderoso do que o meu.

Enquanto me conduzem até um quarto de visitas, vou explicando o que houve.

— Ali vai ser seu guarda-roupas. Amanhã, minha filha Lívia e você vão às compras — Tia Lêda brinca com um sorriso.- o meu filho Leon, e o meu companheiro alfa da matilha estarão em casa pra jantar conosco.

Sorrio internamente. Sempre vivi confortável, mas nossa matilha e dentro da floresta sem necessidade de grandes luxos, a matilha dos Lycans fica a poucos quilômetros do território humano, com muitos lugares divertidos pra conhecer que nunca tive oportunidade.

— Certo... minha mãe colocou dinheiro na mochila...

— Você é minha convidada — ela finge estar brava — Vai ser um prazer. Sua mãe é uma amiga muito querida. Nos afastamos quando formamos nossas famílias, mas o carinho continua igual. Agora, vá tomar um banho e desça para comer.

Aceno com a cabeça, agradecendo internamente à deusa e à sabedoria da minha mãe.

Assim que dona Lêda e Lívia saem do quarto, pego o celular na mochila para avisar que cheguei bem. Ela atende no primeiro toque.

— Tudo bem? — ela sussurra. Acho que não quer que ninguém saiba do nosso contato. Meu coração aperta. Agora sou uma clandestina dentro da minha própria família. Tudo culpa daquele Supremo arrogante.

— Tudo. Estou indo tomar banho e depois vou comer. Amanhã, dona Lêda vai me mandar às compras com a Lívia.

— Graças à deusa. O Supremo esteve aqui. Disse que vai te caçar em todos os territórios das nossas matilhas. Seu pai... quase me rejeitou. Mas como você chegou aí tão rápido?

— Mãe, eu me transformei. Minha loba é linda... branquinha.

— Branca, Eliz? Eu tinha certeza. Tem uma meia-lua na testa? Brilhando?

— Não reparei, mãe...

— Ah, filha... deveria ser um momento tão especial, e estamos separadas. Me escute: amanhã, no shopping, compre outro celular. Eles podem rastrear esse. Que a deusa te guie

— Obrigada, mãe. Assim que desligo, quebro o celular. Deixo a antiga Eliz para trás.

Desço. O cheirinho do ensopado de carne me atinge em cheio.

Na mesa, há ensopado, torta de carne, vários petiscos. A maioria de carne, o que eu amo, mas também há frango e peixe. Ao me sentar, todos começam a se servir. Um servo enche a taça de vinho do Alfa.

Alfa tomou um gole da bebida e disse:

— Pelo que entendi, fica conosco um tempinho, Eliz?

— Se não for problema, ficarei, sim, Alfa — respondo abaixando o olhar, como me ensinaram a fazer diante de um Alfa.

— Claro que não. Você será uma ótima companhia para Lívia. Quem sabe, com você aqui, ela mude de ideia. Está querendo ser advogada... já viu? E você, o que será?

A pergunta me pega desprevenida.

— Eu... estou treinando para ser Luna, senhor. Desde os doze anos...

Fiquei encabulada. Ele parece refletir por um momento antes de responder.

— Tudo bem. Arranjaremos algo pra você, pode continuar seu aprendizado como Luna com Lêda ou ... que tal lutar?

Meus olhos brilharam.

— Eu posso ser uma guerreira? Mesmo?- Meus olhos brilharam.

Sempre quis aprender a me defender. Mas meu pai e o Supremo diziam que eu não precisava, afinal, tinha a "proteção" deles.

— Bem... a Lívia treina com o irmão Leon e o beta Eron apenas. A mesma regra se aplicará a você. Não quero as duas lutando com outros machos. Principalmente você, Eliz. Não queremos causar nenhum derramamento de sangue desnecessário, não é?

Eu entendi o recado. Minha virgindade ainda era do Supremo. Meu corpo ainda era tratado como propriedade dele.

— Eu agradeço, Alfa — falei, olhando de Leon. Ele é um macho forte, branco, com intensos olhos azuis e cabelos pretos — para Eron.

Tarefa fácil... enquanto o Supremo se deita com toda loba que vê.

Após a refeição, subi para meu quarto. Leon veio logo atrás.

— Treinamos ao amanhecer, Eliz — a voz grossa e rouca dele fez os pelos da minha nuca se arrepiarem.

— Acabei de sentir seu cheiro de excitação, loba?

Parei abruptamente no corredor e me virei. Meu rosto quase colou ao dele, sentindo o calor da sua respiração. Ele sorriu, malicioso.

— Posso te ensinar a controlar o cheiro da sua excitação, lobinha — seus olhos azuis, penetrantes.

— Não ouviu seu pai, Leon? — falei tentando demonstrar confiança... que eu não sentia nem um pouco.

Ele cheirou meu pescoço, sem encostar. Só isso bastou para me arrepiar toda de novo.

— Há várias maneiras de obter prazer sem retirar sua virgindade, ruivinha. Até porque... seu cio está chegando.

Ele sussurrou a última parte.

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