115 A esperança do Supremo minada.
Adam
Quando vi aquela poça de sangue, soube que algo estava errado. Ania abriu um vórtice com minha fêmea e atravessamos às pressas. Corri pelo corredor como um louco, junto com Ania e a médica, direto para a sala de parto. Eliz acordava, se debatia e gritava; depois apagava de novo.
A equipe médica me expulsou para não atrapalhar lá dentro. Ficar do lado de fora foi a hora mais arrastada de toda a minha vida.
Quando a médica Helena saiu, deu a notícia: os bebês estavam bem e Eliz também. Mas a ruptura no útero tinha ocorrido novamente; ela achava que uma nova gravidez seria improvável.
O silêncio tomou conta da sala. Cada um ali sabia a importância daquela notícia. Eu enfrentaria mil matilhas, mil alfas que viessem me desafiar quando soubessem que talvez eu não tivesse herdeiros.
Amiel se aproximou.
— Improvável não é impossível, Adam. Tenha fé na deusa.
Apenas aquiesci com um sinal de cabeça.
— E, se precisar de nós, saiba que pode nos chamar a qualquer hora. Com o te