capítulo 114 O peso de levar para casa o que não lhe pertence.
Eliz
Acaricio minha barriga redonda. Estou muito feliz, embora ainda lembre da minha primeira gravidez e peça à deusa que tudo saia bem desta vez.
Adam chega perfeitamente vestido em um terno de três peças bem cortado. Seu porte físico e sua aura poderosa me lembram exatamente por que me apaixonei por ele.
Ele me dá um beijo e passa a mão em minha barriga grande.
— Amor, não acha que deveríamos ficar aguardando em um hospital? Não gosto desse suspense.
— Me parece justo que meus filhotes escolham quando querem sair, Adam. — Faz três dias que completei seis meses, mas o trabalho de parto dura horas. Não quero ficar internada esse tempo todo.
Ele me entrega uma pasta; meu pai havia me informado sobre os progressos na matilha do Sul.
— Seu pai quer ver o parto. — Meus pais me visitavam uma vez por mês. Para meu pai, não importa quem é o pai dos meus filhotes — são meus, e isso basta.
Adam tira o paletó, coloca-o cuidadosamente no lugar e começa a afrouxar a gravata. O celular dele