— Sou eu. — Disse Zara.
— Eu sei. — Respondeu Orson.
— Foi você quem fez isso com o Benício? — Zara perguntou, mas sua voz deixava claro que ela já tinha certeza da resposta.
Do outro lado da linha, Orson ficou em silêncio por um instante antes de murmurar um leve “sim”.
— Agradeço pela sua ajuda, mas acho que já basta. Por favor, não vá tão longe a ponto de arruinar a carreira dele.
— O quê? Você está com pena dele? — Retrucou Orson, com um tom que carregava um toque de sarcasmo. — Um homem que, quando algo deu errado, não pensou duas vezes antes de jogar toda a culpa em você. Ele merece mesmo sua compaixão?
Zara entendeu perfeitamente o que ele queria dizer, mas respondeu com calma:
— Naquela situação, se ele tivesse tentado me defender, só teria piorado as coisas. Além disso, nossa relação era estritamente profissional. Ele não tinha obrigação nenhuma de me ajudar. E, para ser honesta, ele não foi o único que ficou de braços cruzados, certo?
As palavras de Zara deixa