Quando Orson terminou de falar, Zara ficou surpresa por um instante. Depois, ela começou a rir.
— É mesmo? Então, isso foi uma vitória para você?
Orson não respondeu. Ele parecia não achar que aquela pergunta merecia uma resposta. Apenas pegou suas coisas e saiu.
A porta se fechou com um som suave, sem peso, sem emoção.
Zara também não olhou mais para lá.
Na verdade, aquelas palavras que ela havia dito antes, ela nem queria ter dito. Não faziam diferença, afinal, o que eles tinham já havia terminado. Revirar os sentimentos do passado era tão inútil quanto esfolar um fruto podre para descobrir o ponto exato onde ele começou a apodrecer. No final, tudo o que sobra na palma da mão é um caroço inútil e deteriorado, forçando-a a admitir que o erro estava lá desde o início.
Mas Zara não conseguiu se segurar. As dúvidas estavam rondando sua mente desde que Rafferty lhe contou sobre os acontecimentos no Grupo Harris, desde que ela descobriu que Marta já havia acordado. Nos últimos