No momento em que Zara se esforçava para soltar um dos dedos de Orson, ele aproveitou para usar a outra mão e passar o braço firme ao redor de sua cintura.
Com o movimento repentino, Zara perdeu o equilíbrio e tropeçou alguns passos para frente. Para quem via de fora, parecia que ela havia se jogado diretamente nos braços dele.
O rosto de Zara ficou ainda mais fechado, as feições carregadas de irritação. Foi então que Orson estendeu a mão e passou suavemente pelos lábios dela.
Ela havia acabado de comer bolo, mas tinha certeza de que não havia sobrado nada em sua boca. Mesmo assim, o gesto dele despertou nela uma sensação inexplicável de desconforto, como se tivesse algo a esconder.
Seu cenho se franziu ainda mais. Estava prestes a pedir que ele a soltasse, mas Orson foi mais rápido:
— O bolo estava bom?
A pergunta, tão inesperada, a pegou de surpresa. Antes que pudesse responder, ele se inclinou e a beijou.
O beijo foi repentino, mas carregado daquela força dominante que