KALL
.
.
O maior desafio da minha vida com toda certeza era estar me envolvendo com uma maluca que achava normal ameaçar arrancar o meu pau.
Depois de ter provado um pouco do humor ácido da Ana, eu me retirei do banheiro e me vesti pra finalmente resolver o futuro da nossa vida.
Quando eu cheguei na sala, o primeiro lugar que o avô dela olhou, foi pro meu cabelo, ele se inchou todo, ficou parecendo um baiacu.
Eu desviei o olhar pro Valente que estava conversando com ele, e não teve jeito, nós dois começamos a rir.
— Vocês estão vendo algum palhaço aqui?
O avô dela perguntou com raiva aparente.
— Não sabia que era proibido rir.
Falei ficando sério também, afinal aquele velho já estava me enchendo o saco.
— Mantenha sua ferramenta longe da minha neta, garoto, agora vamos.
Ele se levantou na poltrona, e eu caminhei atrás dele sem falar mais nenhuma palavra.
— Nós vamos interrogar o Félix e o Leonel.
O Valente cochichou no meu ouvido e eu apenas balancei a cabeça.
Entramos em uma sala com