ANA
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Eu pensei que ver o Kall fosse um delírio, mas quando senti os braços do Valente me segurando, eu percebi que os dois realmente estavam lá.
Eu olhei pro lado e vi o Kall esmurrando o empresário, e o Valente gritando pra ele parar, ele estava furioso.
— Ana, peça pra ele parar, nós precisamos dele vivo, ele tem informações importantes.
Mesmo sem forças, eu pedi, e como num passe de mágica, ele parou.
Talvez o Valente tivesse razão quando escolheu a mim pra contar toda a verdade, pois eu vi com os meus próprios olhos o quanto eu tinha influência sobre as atitudes do Kall.
Quando já estávamos no carro, o Kall pediu pro Valente e os outros irem em outro carro, e logo eu entendi que ele queria ficar sozinho comigo.
Apesar dele ter me salvado, eu não conseguia olhar pra ele, tudo o que eu conseguia pensar era que ele havia trepado com outra no meu quarto, na minha cama, e nem ao menos havia pensado no quanto aquilo iria me afetar.
Com a insistência dele, eu o encarei, sem conseguir