Ela sentou na cadeira e ficou ali olhando para ele por algum tempo. Sabia que não seriam as palavras dela que o fariam lembrar do que viveram, mas existia uma leve esperança de sua recuperação. Mayara: Então! Me chamo Mayara, moro na mesma cidade onde você tem residência, mas em lugar bem diferente de você.Evans: Como assim? Lugar diferente! - Ele olhou incrédulo. Ela deu um sorriso meio tímido e continuou.Mayara: Moro na Vila, do outro lado da cidade. São extremos bem diferentes.Cada palavra dela era uma interrogação para Evans e ele fazia caras e bocas, pois tudo era muito estranho para ele. E muitas perguntas estavam na sua cabeça. Ele não entendia muito o que estava acontecendo, mas queria a companhia dela. Evans: Eu estive nesta Vila onde você mora? Não consigo me lembrar de você, mas não consigo me desprender de você. O que aconteceu? Não entendo.Ela não respondeu e olhou para ele no fundo dos olhos, respirou fundo percebendo que ele precisava descansar. Mayara: Preciso i
A Sra. Kátia estava recebendo a mãe de Mariana, que sem avisar a filha, chegou na cidade para acompanhá-la. Eleanor ainda estava abalada com o que havia acontecido, o estupro e ser expulsa de casa. Ela abriu um sorriso forçado para a mãe de Evans, disfarçando toda a mágoa.Eleanor: Desculpe a hora, mas senti que precisava vir ajudar minha filha com os cuidados com Evans e com a gravidez dela.Francis olhou fixo para Mariana que logo desviou o olhar e esquivou-se dele saindo rapidamente da varanda indo ao encontro da sua mãe. Pouco depois o tio de Evans apareceu, saindo da varanda. Eleanor olhou para sua filha com olhar de repreensão.Sra. Kátia: Esse é Francis, o tio de Evans. - Eleanor estendeu a mão e o cumprimentou e aproximou-se de sua filha. - Você pode ficar com Mariana até irmos embora e aí poderá ocupar o outro quarto. Francis irá conosco também, não é?Francis: Sim estarei com meu irmão ajudando nos negócios da família. - Ele respondeu olhando para Mariana. - Mas pode ser que
No hospital Evans teve seus dias cheios sempre seguidos de várias visitas, sua mãe, seu pai, seu tio, Mariana e Eleanor. Mas ele sempre esperava ansioso pelo final de cada dia quando aquela mulher misteriosa o visitava com aquele sorriso e cheiro peculiares.Mayara: Está ficando complicado vir aqui ver você. - Ela adentrou o quarto com um novo visual. Uma peruca loira e olhos azuis. Evans ficou maravilhado com aquela mulher de pele iluminada e os olhos dela realçam todo aquele disfarce.Ela era sempre pontual e quando o relógio marcava 20 horas o coração de Evans começava a acelerar e até a entrada dela no quarto parecia que o mundo havia parado. O barulho na porta o fazia jubilar de alegria e seu corpo entrava em total êxtase.Evans: Você acha que é difícil se arriscar por mim? - Olhou para ela com olhos tristes e infantis a comovendo.Mayara: Não é isso que quero dizer. Acho que agora com a mãe de Mariana por perto parece que estou em um filme de espionagem. Ela está de olho em quem
Eleanor era um general cuidando dos horários de Evans, mas o Sr. Frederico sempre arrumava um jeito de ter o horário das 20 horas reservado.Eleanor: Por que o senhor tem um horário marcado aqui para estar com Evans? Não entendo, o senhor é só o segurança dela.Sr. Frederico: Fiz a solicitação diretamente para o Sr. Christian e esposa. Não devo responder a senhora.Eleanor ficou intrigada com aquele horário reservado e mais ainda porque Mariana não se importava. A filha só se preocupava com aquele filho indesejado. E agora ela ainda precisava vigiar a filha por causa do tio do Evans.Eleanor: tomarei providências quanto ao senhor. pode me aguardar. - Saiu enfurecida do hospital.A família de Evans não fazia ideia de como ele estava se recuperando tão rápido, mas as visitas de Mayara surtiam efeito diretamente. Mas o Sr. Frederico sabia que ele precisava do medicamento adequado.---Enquanto sua mãe fazia inspeções e interrogatórios quanto às pessoas que visitavam Evans, Mariana só que
Uma adolescente com o coração espedaçado por não confiar mais no sexo masculino e não acreditar mais no amor. Pois teve sua vida despedaçada por ter sofrido desde tenra idade abuso de familiar próximo e sentir repulsa pelo próprio corpo. Faz um juramento de não se interessar por ninguém, nem homem, nem mulher. Estava decidida a solidão e em simplemente alcançar seus objetivos de estudar e sair da pequena cidade onde morava, no interior de São Paulo e buscar seus sonhos na capital ou mesmo no exterior, melhorando de vida, sem se envolver com ninguém.Até que próximo de completar seus dezoito anos ela foi convidada por uma amiga para trabalhar em uma festa onde estariam presentes representates da alta sociedade. Pessoas da cidade que Mayara jamais se atrevia a ter contato e com seu jeito desligado não fazia muita questão, só queria sair dali. Mayara Santos trabalhava em festas como garçonete, pois aparentava ter mais idade, com seu corpo curvilineo e exagerada altura com seus um metro
Na mansão, meio atordoado com o acontecido, Evans saiu da sala que estava com seu pai à procura daquela moça para se desculpar pelo seu pai". Mas no trajeto para o local onde estavam os serviçais ele precisava passar pelo salão onde estavam os convidados e logo encontrou com Mariana Souto, sua noiva, que aguardava ansiosa pela sua presença. Pois ela ficou sabendo por sua mãe que ele estava de volta da Inglaterra e havia meses que não se encontravam e nem se falavam. Para Evans o noivado era somente um contrato de famílias para aquecer os negócios, mas para ela era um conto de fadas. Ela o cumprimentou com um abraço caloroso dando um beijo de saudades. Sem poder mais procurar a serviçal, Evans ficou ali junto de sua noiva e conversando com os convidados sobre a sua viagem e dos negócios realizados em sua estadia na Europa. Quando teve uma oportunidade, ele se afastou um pouco das pessoas e fez uma ligação. Do outro lado da linha estava Jonas, seu amigo de longa data.Jonas: Oi Evans,
O ônibus chegou e Mayara entrou meio desorientada. Sentou logo próximo da janela e recostou seu rosto no vidro, observando as luzes da cidade. Seu pensamento era um misto de muitas coisas. Ela não conseguia controlar. Tentou cantar uma música para não pensar, contou as lâmpadas nos postes, até carros na rua ela contou, mas foi em vão. Aquele homem não saia dos seus pensamentos.Desceu no ponto do ônibus próximo da sua casa e estava bem preocupada, pois não conseguia entender o que está acontecendo. O caminho para sua casa sempre era angustiante, pois ela lembrava de dias tenebrosos quando era tocada de forma indesejada pelo seu irmão. Muitas vezes ela sentia respulsa dela mesmo, mas isso aconteceu ainda na sua tenra idade, dos 7 aos 12 anos. Poderiam falar que era brincadeira de criança, mas ela sempre era ameaçada por ele se contasse para as pessoas sobre o que acontecia. Quando tinha doze anos negou aceitar suas carícias e foi ameaçada de morte pelo irmão. Então Mayara disse que p
Já era manhã de domingo após o dia do evento que aconteceu na casa do Sr. Christian Smith e Evans estava alvoroçado ligando para Jonas e perguntando se já sabia quem era aquela mulher. Jonas ainda atordoado do outro lado da ligação não entendia o que Evans falava, porque a festa havia acontecido na noite anterior e ele ainda nem havia levantado. Jonas: Calma Evans! Não sei o que você está falando. Preciso acordar e entender tudo. Lembra de quando tentei encontrá-la na festa?Evans: Preciso da sua ajuda. O buffet foi contratado pela minha mãe. Não tem como errar, porque ela era muito linda, alta, com pele de cor bronzeadada, olhos pretos. Preciso que me ajude pedindo ao buffet que disponibilize a lista com os endereços das pessoas.Jonas: Você ficou louco? E a Mariana? Estão noivos há dois anos e todos aguardam o anúncio da data do casamento. O que você vai querer com uma serviçal, uma garçonete?Evans: Não sei dizer o que aconteceu, mas a Mariana nunca me fez sentir o que senti por