Cillian
Quando o sol iluminou o quarto, eu saí da cama. Não havia dormido e não conseguiria. Estava sentido uma enorme pressão dentro de mim. Parecia que eu explodiria a qualquer instante. Precisava sair.
Caminhei para o closet e, ao entrar, logo vi ao canto algumas roupas dela, dobradas na prateleira. Tentei ignorar a dor que isso me causou e vesti-me apressadamente. Desci pelo elevador social direto para a recepção. Na calçada, marquei o tempo no relógio do punho, coloquei os fones de ouvido e atravessei a rua para o Central Park. Alonguei-me rapidamente e então comecei a correr. Correria até a exaustão se isso fosse tirar essa pressão de dentro do meu peito.
Foram quarenta e três minutos de corrida sem interrupções. Em casa, ao entrar, a minha mãe preparava o café da manhã.
— Fiz panquecas! — cantarolou.
— Sem fome! — Foi tudo o que disse indo para o quarto.
Entrei no banheiro e tranquei a porta. Tirei os tênis, o relógio, os fones e comecei a me despir. Observei as tatuagens