Ao ver quem estava ligando, tive uma sensação surreal e hesitei antes de atender - Alô?
- Está em casa?
Ele parecia estar num lugar muito aberto, a sua voz profunda transmitindo cansaço.
Levantei-me e fui até a varanda, aproveitando para alongar meu pescoço, suportando a dor, e perguntei de propósito - Hmm, e você? Ainda está ocupado?
Considerando tudo, Rosa tinha perdido tanto sangue.
Como ele poderia ficar tranquilo.
- Estou quase a terminar.
Não sei o que ele pensou, mas a sua voz ficou um pouco mais clara - Os ingressos estão sobre o aparador do hall de entrada, lembre-se de os levar quando sair.
Apesar de já esperar por isso, ouvir dele ainda era um pouco amargo - Você não vai?
- Para onde você acha que eu vou? Nos encontramos na entrada do ginásio...
Ele soltou uma risada baixa, mas foi interrompido no meio da frase por uma pergunta frágil e desesperada - Lucas, com quem você está falando, você não me tinha prometido...
A voz parou de repente.
Não foi Lucas quem a interrompeu, ma