Chase Harrison
A entrevista passeou de séria, a gravemente perturbadora em segundos. Porra, todo o maldito clima de tensão entre a jornalista e minha esposa se dissipou, quando algo pareceu mais importante. A ideia de que minha mulher tenha sido praticamente escrava deixou-me a beira de enlouquecer.
Só havia uma certeza quanto a isso, e que me atormentava por todo o tempo em que a maldita entrevista durou: a de que os faria pagar. Cada maldita ação da empresa, e cada membro da família desgraçada.
Respondi às perguntas seguintes quase no automático.
As perguntas começaram a deslizar para um terreno que eu já esperava, mas não deixava de me irritar. O tipo de questão que não tem nada a ver com política, negócios ou escândalos corporativos, mas que tinha tudo a ver comigo, com ela, com aquilo que ninguém tinha o direito de arrancar de nós.
— Como foi que começaram? — a jornalista perguntou, com aquele ar de falsa curiosidade, quando, na verdade, o que queria era me foder.
Olhei para Harp