— Tem certeza de que vai mesmo fazer isso?
— Não tenho escolha. Tenho?
— Ok, mas é isso que você quer? — Aprill me encarou com seriedade. — Você vai ter que enfrentar aquela velha das prega soltando. Eita velha maligna!
Minhas mãos estavam suadas, e eu tinha que admitir não ter a menor ideia do que estava fazendo, mas, ainda que ela acabasse fazendo um escândalo, nada me impediria de fazer o que eu gosto. — Tenho. Eu preciso começar de algum lugar, Aprill. Além disso, eles vão pagar muito bem.
Dando de ombros, Aprill abriu o porta-malas e me ajudou a tirar o violoncelo do banco de trás.
Aquele ainda era um dos poucos presentes que Calvin havia me dado e que não queimei num ritual maluco de descarrego que minha amiga me obrigou a fazer. Aprill acreditava que todo finado deveria receber esse ritual, o que, não fazia o menor sentido, considerando que ele não havia morrido. Mas nada na minha amiga fazia sentido também.
Entramos pelos portões traseiros, por que, obviamente, um carro como o