Chase Ward
Malditos dois meses, fora o tempo em que, não apenas deixei de escutar a voz da Harper desde o último telefonema, como colocava os meus olhos sobre o rosto da infeliz. O maldito arrependimento ainda me acompanhava em cada fodido pensamento, mesmo que eu soubesse a porra da verdade.
Sobrava-me pouco mais de um ano e meio de campanhas eleitorais, das quais, precisava de arrecadação de fundos. Muito tempo na política e aprendi que não se deve usar o próprio dinheiro em empreitadas das quais não se tem a intenção de lucrar. E não era o que pretendia.
Lidar com jantares, nesse caso, pouparia muito dinheiro. Leilões e festas também, porra. E ciente disso, terminei de ajeitar a gravata, sentindo-me não apenas enclausurado, também estava sufocando. Mal sentia a pele, que dirá a roupa a me cobrir.
Dario estacionou o carro como sempre fazia, discreto, mas eficiente. Seguido por meia dúzia de seguranças, descemos como um maldito cortejo fúnebre, cada um com o olhar atento, como se esp