Chase Harrison
Os fins justificam os meios.
Sempre fora a merda que ouvi desde cedo, enfiada na minha cabeça como mantra político e familiar. Mas desde que conheci Harper, essa lógica deixou de fazer sentido.
Ela era tudo o que representaria uma crítica ao meu governo. Tudo o que a oposição gostaria de usar contra mim. O tipo de mulher que os moralistas apontariam o dedo, a imprensa exploraria até sangrar, e os eleitores mais conservadores odiariam ver ao meu lado. Uma babá com língua afiada, teimosa, que me confrontava como nenhum homem em Washington ousava fazer.
E, porra, ainda assim eu a queria comigo.
Queria o bastante para enfrentar a enxurrada de merda que viria, se fosse necessário. Mas não antes de a infeliz entender exatamente a quem pertencia. Antes de gravar na pele, nos ossos, que ela era minha. E que não haveria outro homem, não haveria outra alternativa, e não haveria como escapar.
Apenas a ideia de vê-la rir para qualquer um que não fosse eu, me deixava em fúria. A sim