Ainda que eu soubesse que esse momento chegaria, meu coração se afundou ao ver Heloise tão frágil naquele hospital. Eu abraçava a minha mãe como se quisesse sugar toda a sua dor sem deixar nenhum vestígio e sofrer sozinho.
Eu não aceitava perder ela e sua partida estava acabando comigo.
Depois de alguns minutos esperando, o médico finalmente apareceu para nos dar notícias. Pelo semblante exposto no rosto dele, Heloise não estava nada bem.
— Foi uma queda de pressão repentina – eu não acreditava que tivesse sido apenas esse motivo – os remédios têm deixado ela fraca, mas é importante continuar tomando.
A impressão que eu tinha era quer ele estava dando voltas no assunto para não dizer a verdadeira situação da minha irmã. Um pouco impaciente, eu interferir perguntando, o que considerava uma atitude agressiva.
— Quanto tempo de vida ela ainda tem, doutor – ele olhou para mim assustado, quando abaixou a cabeça antes de responder.
Do outro lado da sala, minha mãe se apoiava na pared