Kara
— Que bom que você chegou, menina – Antônia estava no jardim, que havia em frente à casa e se apressou para me encontrar – o doutor Alexandre está na mansão te esperando.
Eu apenas olhei para ela, em silêncio, e me preparei para encontrar Alexandre, mas Antônia não parecia disposta a me deixar ir, sem antes saber o que havia acontecido.
— Me conte como foi com a sua mãe – alargou o sorriso, como se esperasse boas notícias, mas elas não viriam.
— Um pesadelo – respondi, fazendo o rosto de Antônia se contorcer em horror – a Celeste não é uma boa mãe, e isso é tudo o que você precisa saber.
— Eu sinto muito, Kara – ela disse com toda a sinceridade, mas eu não estava disposta a continuar aquela conversa.
Olhei para a Antônia pela última vez e então entrei na mansão. Eu comecei a chorar, quando me amparei no sofá, sentindo minhas pernas fracas. Agora, além das dores de cabeça, eu me sentia febril. Mal percebi o momento em que Alexandre me amparou, me levando até o assento.
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