ISABELA
Logo depois do almoço, Henrique e eu ficamos sentados no balanço da varanda e conversando e diante de tudo o que estávamos vivenciando, pelo modo carinhoso que os dois se davam, acabei tomando a decisão de que não demoraria muito mais para contar a verdade sobre ele ser o pai de Nicolas.
— Sabe, eu andei pensando.
— Sobre o quê?
— Eu não quero adiar mais.
— Está se referindo a contar a verdade para o Nicolas?
— Sim.
— O que te fez mudar de ideia?
— Muitos motivos.
— Quer me contar quais são?
— Não!
— E quando você pretende contar?
— O que acha de contarmos, juntos, para ele hoje?
— Por mim está ótimo, mas você está bem com isso?
— Sim, ele merece saber a verdade logo, já escondi por tempo demais.
Ele me surpreendeu ao entrelaçar nossos dedos e dando um leve aperto. Diante de seu gesto incentivador e carinhoso, sorri e retribui o aperto.
— Pode contar comigo.
— Obrigada, Henrique — apoiei a cabeça em seu ombro.
— Você sabe que não precisa me agradecer.
Era tão bom saber que eu