Buscando perdão!

_ Ana tenta de alguma maneira falar com Josephine, mas, ela não atende e Jake já está nervoso com o que poderá acontecer, ele ligou umas dez vezes para Ana, ela sempre com a mesma resposta, nenhuma notícia de Josephine, ele fica mais emburrado ainda e lhe diz que ela deve se virar para conseguir Josephine de volta, que se isso der errado ela será demitida.

- Mas Jake, não tenho porque pedir desculpas, você não sabe o que aconteceu e...

_ Ele corta Ana, diz que não interessa e que ela deve se desculpar e o que Josephine pedir, ela deverá fazer!

- Tem certeza disso? Você disse que relações entre clientes e nós, estavam totalmente proibidos, nenhum tipo de relação!

_ Ele diz que lembra, mas, para ela, é uma exceção, pois ela conseguiu o contrato e agora o quebrou e com isso quebra a empresa junto, ela tem que reparar o erro que cometeu! Ana diz que vai corrigir este erro e que não quer mais problemas, mas, se ela viajou, como pode encontrá-la? Ela então liga novamente para a mansão, pede para Marlos contar onde ela está e ele fica calado, diz que não pode dar a informação, mas, ela ouve ao fundo uma voz de mulher, pergunta se é Josephine, mas, ele diz que não, pois ela não está, que é outra funcionária ali, mas, Ana ouviu bem a voz perguntar se era ela na linha.

- Se ela não está na casa, deve ser a sua filha! Falarei com ela, não desistirei até falar com Josephine!

_ Ana olha para o relógio, são quase seis horas da tarde, quase anoitece e ela tem que ir na mansão Rosetown, precisa encontrar a vampira. Ana chama um Uber para levá-la na mansão, não leva mais de cinco minutos e chega um para buscá-la, ela sorri aliviada e entra no carro, um minuto depois está na casa de Josephine, que coincidência, o portão está aberto! Ana desce do carro e entra pelos caminhos de ladrilhos que caminhou dois dias atrás, ela vai para a porta de entrada da mansão e toca a campainha, Marlos atende!

- Senhorita Ana, boa noite, o que faz aqui e como passou pelo portão?

_ Ana olha para ele e sorri.

- Bom, o portão estava aberto, como sei que não tem cachorros assassinos, entrei, me perdoa, mas, preciso ver a Josephine, sei que ela está em casa.

_ O mordomo tenta negar, mas, Ana diz que ligou para o escritório dela e nenhuma das secretarias confirmou viagem para ela por estes dias. Ele balança a cabeça dizendo que ela não pode passar e sua expressão é de culpa, ele sabe que se a deixar entrar sem permissão sua patroa ficará muito brava, então ele pede para ela esperar do lado de fora que ele verá se ela pode atender. Ana concorda e promete esperar. Quando Marlos sai da porta, ele a deixa meio aberta, Ana vê o senhor subindo as escadas, ela o segue de mansinho, e tira os sapatos para não fazer barulho, alcançando vê-lo passar por uma porta gigantesca, ela para do lado de fora e o ouve falar com Josephine.

- Senhora, a moça está lá embaixo, ela disse que confirmou que a senhora não viajou, por que não a atende?

_ Josephine olha para ele, seu olhar triste e melancólico, ela diz que Ana a magoou, que não tem nada a afalar com ela e não a quer ouvir, que ela poderia ter cumprido sua parte no acordo e que ela se ilusionou, achando que Ana gostasse dela, mas, que foi apenas ilusão, Ana do lado de fora escuta tudo e sente as lágrimas rolarem por seu rosto, não imaginava que ela fora tão sensível e doce, ela resolve entrar. Josephine está de costas sentada na cadeira, Marlos parado ao seu lado, ela não vê Ana entrar, mas, se surpreende com a sua voz atrás de si.

- Josephine, eu vim para pedir que por favor, volte para a nossa empresa! Precisamos de você!

_ A vampira olha para ela, incrédula de vê-la ali, enxuga as lágrimas rápido para que Ana não perceba, mas, Ana percebeu e ela disfarça com rispidez.

- Acha mesmo que vindo aqui e falando de sua empresa, que pedindo assim cederei? Já te disse antes, se quebrasse o nosso trato me retiraria! Isso faço agora, amanhã meus advogados irão à sua empresa e cancelarão nosso acordo, como você fez!

_ Ana não entende porque tudo isso, mas, sente que não deve deixar que as coisas fiquem assim, ela tem que fazer algo ou estará tudo perdido!

- Marlos, posso falar com ela a sós? Por favor.

_ Ele olha para sua patroa e ela diz que ele pode ir, que não precisa se preocupar, ele se retira e as deixa sozinhas, trancando a porta atrás dele. Josephine pergunta o que mais ela ainda espera ouvir, já que ela causou tudo isso.

- O que mais quer? Dinheiro? Eu posso te dar e você vai embora e salva a sua empresa, não se preocupe, diga que foi um presente, mas, não quero ter mais nada a ver com isso!

_ Ela fala retirando um talão de cheques da gaveta, Ana quer falar, mas, não sai voz de sua boca e ela está ficando desesperada com isso. Ela finalmente consegue!

- Josephine, não quero o seu dinheiro, eu, olha, me desculpa se te ofendi, me desculpa pela forma que falei com você, mas, é que fiquei nervosa naquela noite. Eu não queria te ofender, mas, você fez as coisas sem me falar claramente o que queria, eu nunca saí com vampiros e também nunca saí com mulheres! Entende?

_ Josephine olha para ela, vê que realmente poderia ter sido mais clara, mas, já aconteceu e não ganhou nada com isso.

- Se eu tivesse sido fanca, iria ao encontro comigo?

_ Ana olha para ela e não sabe o que responder, nunca se imaginou com uma mulher, não saberia o que fazer, ainda mais se esta pode ser mais perigosa que as outras. Ela responde profissionalmente.

- Eu lhe disse, não podemos ter nenhum tipo de ralação com clientes, não entende? Se meu patrão souber, me demite! Mesmo assim, não seria uma boa companhia para você!

_ Josephine lhe diz que ela está enganando a si mesma, pois não seria uma má companhia e também sente que Ana gosta dela, quer provar para ela essa teoria! Mas, Ana diz que ela está sendo egoísta novamente e que isso jamais aconteceria.

- Então deixa que eu prove a minha teoria e renovemos nosso trato, saímos e vemos no que dá, se eu te conquistar, será minha, e se não, continuo sócias e saio com alguém do aplicativo, pode ser?

_ Ana pensa, ela não sabe o que dizer, mas, sabe que nada acontecerá a mais, ela sabe o que quer e o que gosta, mas, decide confrontar Josephine.

- Então era esse o seu propósito desde o começo? Me conquistar? Bom, eu aceito, mas, te aviso que não acontecerá nada, e como o nosso encontro anterior foi um fiasco, como deseja prosseguir?

_ Josephine agora melhora o seu humor, já que Ana falou exatamente como ela queria ouvir e ainda mais, a desafiou! Ela pensa e quer repor a noite perdida, mas, deseja muito mais, então, pede para Ana ficar para jantar. Ana diz que já está tarde e que não pode ficar, mas, ela insiste, diz que manda um carro levá-la para casa, então Ana cede.

- Está certo Josephine, eu fico para jantar!

_ A vampira abre enfim um sorriso e chama Marlos para servir o jantar, e champanhe. Ana olha para ela e vê que tomou uma boa decisão, a vê tranquila, mas, não tem certeza do que ela acha que irá acontecer!

- Josephine, precisamos conversar em como serão estes encontros, pois, sabe que não podemos ser vistas, não podemos da a entender que estamos saindo, pode prestar para especulações errôneas.

_ Josephine pede para que ela acompanhe para a sala de jantar e diz que lá elas conversarão, Ana a segue ainda com vergonha, ela calça os sapatos e segue a vampira até a sala de jantar. Ela vê uma mesa longa e bem posta, lugares para três pessoas estão ali, tudo muito bem-arrumado e a comida com um aroma delicioso! Ana senta e a copeira a serve de champanhe, Josephine toma o seu alimento em um copo especial, ela diz que é o seu "vinho", e tudo o que precisa! Ana fica desconfiada, porém, não comenta, apenas olha para Josephine que a devora com os olhos.

- O que passa? Não me vejo bem, faço algo errado?

_ A vampira sorri, sedutora, ela diz que Ana está perfeita, que nada que ela faz está errado, e consegue arrancar um sorriso sincero de Ana. As horas passam e Ana termina de jantar, as duas continuam conversando sobre trabalho, mas, Josephine quer saber dela e pede que ela conte mais sobre si, Ana cede.

- Eu gosto de vermelho, vinhos, cachorrinhos filhotes, são encantadores. Gosto de ficar em casa e sair apenas para um bom jantar e lugares sociais, gosto de ler.

_ A vampira lembra que a pegou com o livro de Drácula em suas mãos e libera o seu saber sobre o que ela gosta.

- Vampiros, estou certa?

_ Ana diz que sim, ama histórias de vampiros e sobrenaturais, Josephine se levanta e vai a biblioteca da sala, ela volta e entrega a Ana o seu manuscrito!

- Pegue, é meu presente para você!

_ Ana fica envergonhada e sem reação, ela quer pegar o livro, mas, o sentimento de culpa pelo que passou anteriormente a detém, mas, Josephine percebe e senta ao seu lado na mesa, ela segura a mão de Ana e coloca o livro sobre ela, Ana pergunta porque ela faz isso, a resposta é direta e clara, mas, cuidadosa e sedosa.

- Porque eu quero te dar tudo o que você quiser, porque eu não quero mais que pense no que passou, quero saber de agora e conquistá-la!

_ Ana se perde no toque dela, sua mão ainda tocando a dela, paralisada ela não responde nada, não sai, seu coração está acelerado e não a deixa nem respirar! Josephine então aproxima o rosto de Ana, sentindo a respiração ofegante dela, Ana pisca lentamente, como se não quisesse perder o momento, então Josephine passa o dedo levemente em seu rosto, passando o polegar em seu lábio inferior e então, ela quebra o clima, passa o dedo no canto da boca de Ana e diz.

- Desculpa, é que estava sujo, eu quis limpar para você!

_ Ana arregala os olhos e se afasta bruscamente, ela pensa no que aconteceu ali.

"- Oh céus, o que foi isso? O que eu sinto aqui no peito? Ela quase me beijou e eu pude sentir sua respiração, ela parou, por quê?"

_ Josephine ouve a porta da sala bater e levanta, ela volta para sua cadeira quando René entra na sala.

- Mãe? Boa noite, ah, está com visitas, só assim para usar a sala de jantar!

_ A vampira se volta para a sua filha e lhe apresenta Ana, ela diz que a conheceu na empresa e Ana se levanta para cumprimentá-la.

- Boa noite, como está?

_ René não liga para ela e se volta para a mãe.

- Mãe, assim que terminar aqui, sobe ao meu quarto, preciso lhe falar!

_ Josephine concorda e sua filha sai da sala sem ao menos se despedir. A vampira pede desculpas a Ana e ela diz que entende, pois ela já a havia visto e sabe que a garota foi resolver a situação e que tem razão em estar chatada com ela.

- Ana, não se preocupe, logo ela estará acostumada com você!

_ Ana olha para o relógio e vê que já está tarde, ela levanta e vai até Josephine, se despede e a vampira chama Marlos para levá-la embora, mas, antes de sair ela lembra Ana do acordo.

- Ana, não aceitarei mais recusas, então em dois dias teremos nosso encontro, será o primeiro por suposto, já que, começamos denovo! Espere pelo meu contato!

_ Ana confirma que desta vez cumprirá, se despede e sai.

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