ISABELLA
Acordamos com um susto. Felicity, minha bolinha de pelos, rosna ferozmente. Mais feroz ainda, é o grito da minha irmã:
— Cala a boca, coisa pulguenta! Isabella, acorda! Vamos pra Rússia!
Meu coração dispara. O mundo desacelera por um segundo. Rússia? Agora? Será que aconteceu alguma coisa com o Viktor?
— Por quê, Lívia? — pergunto, a voz trêmula.
— Viktor mandou mensagem. A guerra começa em três dias. Papai está negociando com a Itália pra se aliar a eles nessa batalha.
Ela fala com um brilho no olhar, empolgada com sua primeira guerra como se fosse uma aventura qualquer. Me visto em segundos: camiseta preta justa, calça flexível para lutar, jaqueta de couro que esconde minhas facas e armas. As botas de salto grosso são perfeitas,confortáveis pra mim, dolorosas pra quem leva o golpe. Pego a arma que Viktor deixou comigo no cofre do meu quarto e desço.
— Todos prontos? — papai pergunta, a voz firme.
Todos assentem. Marcello e os dois soldados escolhidos por Viktor se posiciona