||004|| Volta as aulas

  Hoje é oficialmente o primeiro dia de aula e eu não sei se fico muito feliz por finalmente ver meus amigos ou se choro por começar tudo de novo. Meu corpo definitivamente não estava preparado para o primeiro dia de aula e eu percebi isso quando eu me sentei na cama e dez segundos depois meu corpo foi praticamente puxado de volta para baixo, eu sempre odiei acordar cedo e tenho certeza absoluta que "você se acostuma um dia" é uma das frases mais mentirosas que eu já escutei. Minha mãe diz que acordar cedo só me vem à calhar quando é do meu interesse e ela também diz que na minha outra vida eu era um morcego, pois durmo o dia inteiro e de noite quero ficar acordada, como ontem a noite quando eu sabia que ia acordar cedo e mesmo assim fui dormir três horas da manhã, agora estou exausta e meu corpo todo doí. Lá no fundo eu só estou torcendo para ter alguma aula de espanhol hoje para eu dormir e compensar tudo o que eu não consegui essa noite.

  Aula de espanhol era um saco, eu sempre acabava indo mal ainda por cima o professor me odiava com todas as letras. Eu não era lá uma aluna muito exemplar, porém eu sempre dava o meu melhor — apesar de as vezes dormir na aula e tudo mais,— mas se esforçar não significa gostar de ir.

  Fui obrigada a levantar quando eu vi que se eu enrolasse mais um pouco eu iria me atrasar no primeiro dia — não que isso fosse um problema para mim,— e papai não iria gostar nem um pouco. Quando eu liguei o chuveiro e senti aquela água morna cair sobre meu corpo foi inevitável me lembrar das férias de verão e em como elas acabaram tão rápido, esses últimos dias fiquei quase duas semanas enfurnada dentro de casa assistindo filmes atrás de filmes com Lauren. Ela passou quase todo o restantes das férias de verão aqui e eu não reclamei nem um pouco, já mamãe deu graças a Deus quando eu decidi — Decidi não, fui obrigada,— a ir na festa de verão que Jackson estava planejando a meses.

Eu nunca gostei de ir nesses lugares e quem me conhecia bem sabia que eu preferia mil vezes ficar assistindo um filme de terror horrível a ir em uma festa de adolescentes encher a cara e transar. Mas Rebecca praticamente implorou para que eu fosse com ela espionar Liam já que ela tinha certeza que ele estaria lá, e adivinha, acertou.

Algo dentro de mim me disse que aquela noite não acabaria bem e eu percebi que tinha razão quando adolescente alcolizadas corriam desesperados ao escutar o som da viatura da polícia, mas para fechar a noite Isaac foi a chave de ouro, depois de toda confusão ele que me deixou em casa e por incrível que pareça eu não odiei isso.

Mas já fazem dois dias depois daquela noite e não vi nem mesmo a cara pintada de Isaac e no fundo não sei se isso é bom ou ruim, não quero descobrir que ele se meteu em encrenca por minha causa, se bem que meu eu interior está torcendo para que ele tenha se dado mal, a raiva por ele já tem vida própria.

Terminei meu banho mais rápido que pude, papai odiava quando eu demorava no banho. Pra ele é fácil falar já que praticamente não tem cabelo!

Ouvi duas batidas na porta logo em seguida a voz do pai dizendo que já estávamos atrasados, pedi mais cinco minutos e disse que já estava praticamente pronta. — Que mentira mais deslavada eu ainda estava de toalha, mas ele não precisava saber —. Perdi mais de cinco minutos procurando uma roupa e quando finalmente encontrei me virei vendo a pilha de roupas que haviam se formado em cima da cama, depois eu arrumo isso. Peguei o monte de roupas e joguei de volta no armário, mamãe diziam que eu parecia um menino porquinho e que ela nem sentia falta de não ter tido um garoto, já que eu fazia o papel de um as vezes.

  Graças ao meu olho roxo tive que perder mais alguns minutos passando base para esconder dos meus pais e me poupar de dar mentira tão esfarrapada quanto "eu caí" e receber de volta uma pergunta do tipo "caiu a onde de cara na mão de alguém?". Mesmo com a maquiagem ainda era aparente que algo não estava certo, ainda estava dolorido e esse foi o motivo de eu ter passado o ultimo final de semana das minhas férias enfurnada dentro do meu quarto dando a desculpa que eu estava com uma virose horrenda, mas me arrependi depois de tomar a gororoba milagrosa da vovó.

  Terminei de me arrumar, peguei a minha bolsa e desci as escadas correndo feito uma doida, quando cheguei na copa da cozinha papai estava sentado tomando seu café e lendo seu jornal enquanto o barulho da TV dizia que hoje o dia seria ensolarado com mínima de 23 graus.

— Bom dia! — Eu disse indo em direção a bancada e pegando um dos biscoitos de chocolate da mamãe.

— Estamos atrasados, no primeiro dia de aula. Cadê a sua irmã? — Dei de ombros pegando outro biscoito logo em seguida.

  Se tinha uma pessoa que tinha a incrível habilidade de demorar mais que eu e conseguir chegar atrasada em todos os lugares essa pessoa era Rebecca, era incrível como ela sempre se atrasava mesmo começando a se arrumar duas horas antes de sairmos. Eu não ficava muito atrás, mas sempre me livrava das broncas graças a Rebecca, e ela dava a sua desculpa dizendo "é difícil ficar linda assim".

— Eu vou largar a sua irmã aí, vamos. — Olhei com os olhos arregalados para ele enquanto saboreava o quarto biscoito da mamãe. — Quer ficar também? — Neguei colocando o biscoito inteiro na boca e partindo para pegar outro, mas fui repreendida por um tapa da mamãe na minha mão.

— Sua gulosa! — Dei um sorriso sem um pingo de vergonha na cara e sai logo em seguida.

  Antes de passarmos pela porta da frente Rebecca desceu no maior desespero gritando para que esperássemos ela. Quando ela conseguiu nos alcançar entramos no carro e fomos direto para a escola, durante o trajeto papai deu a sua bronca de sempre dizendo que não ia mais nos levar para a escola e que era para nos virarmos, Rebecca pediu um carro e papai mandou ela trabalhar para comprar um.

  — Isso não é justo. — Rebecca disse antes de soltar o cinto.

— A vida não é justa. — Papai respondeu abrindo a trava do carro e logo em seguida eu desci. — Até mais tarde. — Papai disse antes de arrancar o carro.

— Já era para eu estar dirigindo! — Resmungou ela.

   Eu continuei calada e me afastei dela logo que seu amiguinho chegou. Hoje não era um dos melhores dias para mim e eu não estava nem um pouco afim de já iniciar ele dando de cara com Isaac.

  Depois da noite em que a gente quase foi parar na delegacia não nos falamos mais, eu não fiz questão e também não esperava por isso. No dia da briga quando ele me deixou em casa, eu fiquei me perguntando o por que dele ter feito o que fez com Liam. Primeira teoria, Isaac se sentiu na obrigação de me defender. Segunda teoria, ele estava tão bravo com Liam que resolveu se juntar a mim. Terceira, Isaac é um encrenqueiro que adora uma briga.

  No final a terceira que me fez mais sentido, e eu acho que a segunda ajudou um pouco na decisão, mas definitivamente Isaac nunca iria se queimar para me ajudar. Ainda mais sabendo que se ele se meter em qualquer confusão vai para a escola militar.

  Segui direto para os corredores onde ficava meu armário, número 13. Abri o cadeado com a senha "1,2,3" — Óbvia demais, eu sei,— e coloquei alguns dos meus livros que estavam na bolsa e estavam muito pesados. O meu armário era repleto de fotos minhas com os meus amigos — Lauren, Matt e Peter,— E alguns enfeites bregas que Lauren fez questão de pendurar. Dei um sorriso de lado fechando o meu armário, mas meu sorriso desapareceu quando vi Ambar parada ao meu lado me olhando da cabeça aos pés.

Eu já sabia o que ela queria me falar, provavelmente estava muito brava pela noite arruinada pela garota escondida no banheiro, mas não tinha nada que eu podia fazer, aquele era o único banheiro livre.

  Mesmo eu sabendo que ela queria falar comigo eu dei as costas e sai andando, mas fui surpreendida por um puxão no meu braço direito.

— Eu sou invisível garota? — Ela disse me virando para observar sua cara, eu revirei meus olhos respirando fundo.

— Não, mas eu queria que fosse. — Murmurei puxando meu braço para que ela me soltasse.

— O que você disse? — Ela disse me analisando e soltando uma risada debochada, ela virou a cara jogando seu cabelo no meu rosto. — Olha aqui..

— Será que dá pra me poupar do seu showzinho? Eu tenho mais o que fazer.

— Quem você pensa que é pra falar assim comigo? — Ela cruzou os braços se aproximando mais do meu rosto fazendo com que meu corpo automaticamente se inclinar para trás. — O que é que você quer do Isaac? Eu não sei se você sabe, mas ela está comigo. — Ela disse a última palavra em câmera lenta. — Então se eu ver você com ele de novo eu vou...

— Vai o quê?

Uma voz soou atrás da Ambar, ele se aproximou fazendo a pose de mandona nojetinha — Apelido carinhoso,— se desfazer em um segundo, ela soltou o sorriso mais falso que eu já vi na minha vida e respondeu:

— Meu amor! — Ela me olhou novamente enganchando seu braço no dele e continuou. — Eu só estava falando pra Biancca que se eu ver ela de novo quero que ela me fale onde ela faz o cabelo, adorei esse novo visual. — Franzi a testa soltando um sorriso sarcástico.

— Ah, sim. — Concordou Isaac passando o braço ao redor do pescoço de Ambar e olhando para mim. — Bela camisa.

  Isaac disse me fazendo cruzar os braços na altura do meu peito, na minha camisa estava estampada uma das frases do Albert Einstein "A imaginação é mais importante que o conhecimento". Ele sorriu para mim antes de sair acompanhado com Ambar para o lado contrário do corredor, antes de sumirem por completo Ambar virou seu pescoço para me olhar uma última vez e eu vi o ódio nos seus olhos, era como se eles dissessem que ainda não tínhamos acabado aquela conversa.

— Por que a Ambar estava conversando com você? — Foi a vez de Lauren tirar a minha.

— Oi, para você também! — Eu disse rindo e começamos a caminhar. — É uma longa história.. Como foi o encontro com Matt? — Mudei de assunto arrancando um suspiro de Lauren.

— Foi legal. — Arqueei a sobrancelha, Lauren não falava de mais nada durante as férias e quando aconteceu foi apenas legal?

— Como assim "legal"? Você não parou de encher meu saco as férias inteiras pra ser "legal"?

— Não foi aquilo que eu pensei que seria.. — Ela disse revirando os olhos. — Podemos mudar de assunto? — Concordei de leve parando na frente da sala de química.

— Qual a sua primeira aula?

— Economia e a sua? — Apontei com a cabeça para dentro da sala de química indicando que esse era o meu infeliz destino, apesar de gostar de química o nosso professor era um saco!

— Química. Te vejo mais tarde? — Ela concordou e se apressou quando o sinal soou, nos avisando do início das aulas. — Boa sorte para mim. — Murmurei entrando na sala.

Alguns alunos já estavam sentados, procurei um lugar vazio e me sentei. O problema de fazer química sozinha era o fato de ter que dividir a bancada com alguém que provavelmente eu não conheço. Quando o professor entrou na sala todos se sentaram e eu me mantive sozinha, ele começou com as apresentações e prosseguiu dizendo como as coisas funcionam na sua aula, mas ele foi interrompido quando Isaac deu duas batidas na porta pedindo licença para entrar e o professor não ficou nada satisfeito.

— Essa é uma das atitudes que não vou tolerar, atrasos! Entre Isaac, espero que não tenha que te ver no segundo ano de novo ano que vem. — Isaac entrou e deu uma pequena risada enquanto procurava um lugar para se sentar.

Pela minha infelicidade seus olhos pararam sobre mim durante alguns segundos. Antes eu não queria me sentar com um estranho, agora já não me era uma má ideia. Quando Isaac veio em minha direção e se sentou ao meu lado me olhando fixamente eu desejei que o professor mudasse ele de lugar, mas não foi o que aconteceu, pelo contrário ele nos deu a seguinte notícia: "seu colega de bancada é permanente, então se tornem amigos, pois os trabalhos em grupo serão com ele também." Maravilha!

— Ouvi colega de bancada? — Isaac disse se virando para mim enquanto apoiava seu cotovelo sobre a mesa e descansava sua cabeça em sua mão. Vi um pequeno sorriso travesso em seus lábios e preferi ignorar a sua provocação. — Vou fazer você tirar só A+. — Eu soltei uma risada baixa e me virei para encara-lo.

— Você não ia conseguir tirar A+ nem se você quisesse.

«»

A hora do almoço demorou tanto para chegar e eu estava morrendo de fome, felizmente eu fiquei com Lauren e Matt na mesma aula de espanhol. Mas até quem passasse pelo corredor iria perceber o quanto os dois estavam desconfortáveis juntos enquanto eu não sabia o que estava acontecendo. Quando o sinal tocou eu fui a primeira a levantar, mas Lauren continuou sentada apenas esperando sei lá o que.

— Vamos! Antes que eu coma você de tanta fome. — Resmunguei dando uma gargalhada sonolenta. Sim, eu dormi praticamente a aula inteira.

— Não vou aguentar ficar todas as aulas de espanhol olhando para a cara do Matt. — Ela disse se levantando quando só restava nós duas na sala. — Viu como ele agiu hoje?

— Não. Se você não me contar o que aconteceu entre vocês eu não vou entender. — Agora estávamos caminhando lado a lado, parei em frente ao meu armário para guardar as minhas coisas. — O encontro de vocês foi tão desastroso assim?

— Não foi um encontro pra ele. — Resmungou Lauren abrindo seu armário. — Eu pensei que iríamos sair para algum lugar legal, um parque ou até mesmo um cinema. — Ela fechou seu armário com força me assustando um pouco. — Você acredita que ele me levou para o Rodger's Burger's? A gente sempre vai lá, mas como amigos!

Senti vontade de dar risada do seu desespero, mas achei melhor não arriscar em levar um tapa no braço por gargalhar alto e deixá-la constrangida. Quando chegamos no refeitório paramos em frente à fila para pegar a comida e cheiro estava muito bom, me virei para Lauren e vi que ela estava com uma cara emburrada o que me fez sorrir para ela.

— As vezes ele te levou lá justamente por ser um lugar especial para a gente sabe? Sei que você esperava um piquenique romântico, mas a gente sabe mais do que qualquer um o quão lerdo o Matt é. — Eu disse fazendo ela relaxar um pouco os ombros que demonstravam o quanta ela estava nervosa. — E para ser sincera, não acho que Matt saiba como tratar uma garota.

— Você tem razão, ele nem pagou a conta. — Cochichou ela o que me fez rir alto.

Depois que encerramos esse assunto apenas ficamos na fila esperando para pegar a nossa "gororoba" diária e logo em seguidas procuramos uma mesa vazia para nos sentar. O refeitório era bem dividido — como nesses filmes clichês,— tinha a mesa dos populares e as mesas dos fracassados.

Na mesa dos populares ficava Isaac e ao lado dele toda a sua gang de idiotas. Ambar também ficava lá, praticamente pendurada no pescoço dele enquanto jogava seus peitos a onde ele podia ver.

  Enquanto eu comia procurei pelo Matt em todo o refeitório e ele também estava ao lado dos populares, o que era estranho as vezes. Matt andava com a gente quando dava na telha, mas quando cansava de ser um "fracassado", voltava correndo para as suas origens.

Em uma dessas olhadas para a mesa dos idiotas peguei Isaac me encarando fixamente enquanto Ambar falava sozinha. Por alguns segundos ele me encarou como aquela vez na sorveteria e isso me deixou muito desconfortável, de novo. Parei de olhar de volta quando Rebecca se sentou ao meu lado e começou a comer normalmente.

  Lauren e eu nos encaramos e pelo canto do olho vi a expressão de dúvida no rosto de Isaac. Rebecca nunca sentava comigo no refeitório, em lugar nenhum da escola, na verdade. Não que ela não gostasse de ficar comigo, mas todo mundo sabia quem ela era, enquanto nem o meu professor favorito sabia meu nome e por esse motivo quase sempre nos ignorávamos completamente a partir do momento em que pisávamos na escola.

Fiquei trocando olhares com Lauren como se conversássemos em silêncio e ela praticamente implorou para que eu falasse alguma coisa, mas optei em ficar em silêncio e continuar comendo aquela gororoba que sempre tinha um gosto bom, não por isso meu lema sempre era "não julgue uma coisa pela sua aparência — a não ser que essa coisa seja Isaac".— Pensei assim que vi ele se aproximar e sentar ao meu lado.

— Por que não quis se sentar com a gente hoje? — Perguntou ele olhando fixamente para Rebecca, Isaac se virou alguns segundos para me encarar e antes que eu pudesse bater em sua mão ele roubou a minha maçã.

— Ei! — Parti para cima da mão dele com o objetivo de pegar minha fruta de volta. Foi totalmente em vão, Isaac levantou o braço alto demais e eu fiquei com uma idiota dando pulinhos na cadeira segurando em seus braços largos e cobertos apenas pela jaqueta do time de Futebol. — Idiota. — Murmurei desistindo assim que ele mordeu um pedaço enorme da maçã e me olhou sorrindo.

— Não estou muito afim de andar com aquele pessoal hoje. — Se explicou Rebecca tirando a atenção de todos. Segui os olhos até a mesa dos amigos de Isaac e notei o olhar fuzilador de Ambar sobre mim. — Aliais, eu não vou embora com você hoje.

  Vi Isaac franzir a sobrancelha e encolher os ombros para mais perto do meio da mesa, eles não mentiam contato visual isso me fez pensar que por algum motivo eles haviam brigado, mas se isso tivesse acontecido eu seria a primeira a saber — ou pelo menos iria ser a primeira a querer saber, — e eles quase nunca brigavam então eu não fazia ideia do motivo dela estar agindo assim, mas prefiro não me interferir.

— Mas... hoje eu vou pra sua casa, até porque... — Ele deu uma pausa me olhando de canto de olho. — Até porque eu tenho que fazer a pesquisa de química com a Biancca, não é? — Ele se virou para mim dando um tapinha no meu cotovelo para que eu fosse na dele.

— Não é, não. — Respondi na lata me afastando do mesmo, ele me olhou rindo e se virou para mim com a expressão de "valeu pela ajuda".

— Enfim... não se esqueça que Sábado agora vai ter a festa do Ethan, você vai, não é? — Isaac perguntou fazendo Rebecca dar de ombros.

— Eu posso ir? — Lauren pediu rapidamente sorrindo como uma criança.

— Claro. — Ele soltou isso com um sorrisinho nos lábios. — Pode ir se quiser também. — Foi a vez dele olhar para mim e morder os lábios.

— To fora. — Levantei pegando minha bandeja de comida e Isaac colocou o resto da sua maçã em cima da mesma antes que eu saísse da li.

— Tem certeza que não quer ir? — Lauren perguntou depois que despejou o resto da comida no lixo e colocou a bandeja na esteira. — Matt me falou que só algumas pessoas foram convidadas.

— E daí? Se eu quiser eu mesma dou uma festa e me convido. — Ela soltou uma risada com o meu comentário e eu continuei, — Você sabe que eu odeio essas festas chatas, acho que vou assistir 10 coisas que odeio em você.

— Pela milésima vez? Qualé.

— Esse filme é o clássico e mil vezes melhor que uma festa. — Ela concordou em silêncio e não tentou mais me convencer a ir, mas eu tinha certeza que esse assunto ainda voltaria à tona. Por isso já me preveni com a minha clássica desculpa: "peguei um resfriado!"

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