O barulho dos saltos de Melina ecoava pelas paredes espelhadas da sala de reuniões, mas seus pensamentos estavam distantes dali. A HEM seguia em expansão, e ela havia agendado um encontro importante para aquele dia — com uma das mulheres que mais confiou no início de sua trajetória. Alguém que ela conhecia desde os tempos difíceis, quando ainda era uma bolsista determinada em meio à elite arrogante da Fundação Getúlio Vargas.
Na noite anterior, após a conversa tensa com Kauan, Melina pegou o celular e digitou uma mensagem curta, mas carregada de intenção:
“Nos vemos amanhã? Só você e eu. Preciso conversar. – M.”
Helena não demorou a responder. Um simples: “Sempre que precisar.”
Agora, Melina esperava por ela. Sabia que aquele reencontro poderia trazer à tona verdades incômo